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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Um pouco mais sobre “Fobias”

Uma fobia é um medo persistente e irracional que resulta no ato de evitar de forma consciente de objetos, actividades, situações, animais que são temidos. A fobia consiste num aumento da ansiedade, até limites que impedem a pessoa de funcionar normalmente e que causa um mal-estar enorme. Existem diversos tipos de fobia: medo dos espaços fechados e abertos, medo de aranhas, cobras, cães, alturas, sangue, medo de morrer, medo da vida social, entre outras. No entanto as fobias são medos deslocados sobre algo que existe ao nível inconsciente, logo são deslocados sobre um objecto do consciente, logo mais suportável. Ou seja, são conflitos psicológicos internos que aparecem sobre a forma de medos que se traduzem no aumento da ansiedade. Pode existir ainda uma atitude contrafóbica, a pessoa em vez de evitar o medo, enfrenta-o. São exemplos disso, os desportos perigosos, em que a pessoa pode estar a exibir um comportamento contrafóbico. Por vezes até um simples pensamento sobre o objecto fóbico, pode causar ansiedade, não é preciso estar na presença da causa da fobia.
As fobias são reações emocionais e físicas a objetos e situações temidas. Os sintomas da fobia incluem:
  • Sentimentos de pânico, ameaça, horror ou terror;
  • Reconhecimento de que o medo ultrapassa o limites considerados normais bem como a atual ameaça de perigo;
  • Reações automáticas e incontroláveis que praticamente ultrapassam os pensamentos das pessoas;
  • Batimento cardíaco acelerado, diminuição do controlo da respiração, tremuras e um desejo oprimido de fugir à situação – todas as reações físicas relacionadas com medo extremo;
  • Tomada de medidas extremas para evitar o contacto com objetos ou as situações temidas. Causas
Fatores genéticos: Sabe-se que o pânico e a agorafobia aparecem com maior prevalência em determinadas famílias. Embora parte desses sintomas possa ser adquirido por aprendizagem, já que as crianças observam e imitam os comportamentos dos pais, há estudos genéticos que apontam para uma maior importância da hereditariedade em relação à aprendizagem. Crianças de pais com pânico e/ou agorafobia, adotadas por pais sem a doença, têm maior probabilidade de desenvolver, do que aquelas cujos pais biológicos são saudáveis; Crianças de pais com pânico e/ou agorafobia, adotadas por pais com a doença, não têm tendência para vir a desenvolvê-la. Irmãos gêmeos têm maior probabilidade de ter a doença do que irmãos não gêmeos.
Experiências marcantes de vida: Apesar de provadas as causa genéticas da doença de pânico e fobias, há doentes em cuja história familiar não se encontram outras pessoas com a doença. Segundo várias teorias psicológicas, as experiências marcantes da vida poderiam servir de mecanismo de aprendizagem da doença. Assim, se a pessoa experimenta grande ansiedade ao lidar com determinada situação e essa ansiedade diminui quando foge dela, o indivíduo tenderá a evitar a circunstância desencadeadora da ansiedade ou circunstâncias semelhantes, gerando comportamentos fóbicos. Em resumo, parece haver uma interacção entre factores genéticos, bioquímicos e psicológicos no desenvolvimento da doença de pânico e dos comportamentos fóbicos.

·         As fobias mais comuns:
·         1) Aracnofobia: medo de aranhas;
·         2) Sociofobia ou antropofobia: medo de pessoas ou situações sociais;
·         3) Aerofobia ou aviatofobia: medo de andar de avião;
·         4) Acrofobia: medo de alturas;
·         5) Brontofobia: medo de tempestade/trovões;
·         6) Necrofobia: medo de morrer;
·         7) Agorafobia: medo de espaços abertos e cheios de gente, como estádios, shoppings e locais de shows;
·         8) Claustrofobia: aversão a lugares fechados, como elevadores, túneis, ambientes pouco ventilados e até mesmo equipamentos de tomografia e ressonância magnética;
·         9) Glossofobia: pavor de falar em público/de dar palestras.;
·         10) Hidrofobia: terror de água, de entrar em piscinas ou de nadar no mar.;
·         11) Hematofobia: medo de ver sangue;
·         12) Nictofobia : medo da noite ou da escuridão;
·         13) Zoofobia: pavor a animais.  

1) Botanofobia: medo de plantas;
2) Clinofobia: medo de camas ou de se deitar;
3) Sofofobia: medo de aprender;
4) Vestifobia: medo de roupas ou de se vestir;
5) Araquibutirofobia: medo de que se incrustem na gengiva ou no palato a pele que envolve o amendoim, pipoca ou outro componente que adere ao palato como doces compactos;
6) Bibliofobia: medo de livros;
7) Eufobia: medo de ouvir boas notícias;
8) Melofobia: medo de música;
9) Aurofobia: medo de ouro;
10) Coulrofobia: medo de palhaços.

Tratamento: Qualquer tipo de fobia que interfira na vida diária de uma pessoa e que cause extrema inabilidade deve ser sujeita a tratamento. Com tratamento adequado a vasta maioria de pacientes com fobias pode ultrapassar completamente os seus medos e estar livre dos sintomas durante muitos anos, se não para toda a vida. Um especial relevo deve ser dado à utilização da terapia cognitivo – comportamental, medicação ou a combinação de ambas.  Na terapia comportamental, o paciente com fobias com a ajuda de um terapeuta comportamental e inserido num programa planeado, enfrenta o objeto ou situação temida e gradualmente vai aprendendo a forma de conseguir controlar as reações de medo físicas e mentais. Pela confrontação do objeto de medo em substituição da evitação do mesmo, o fóbico perde o medo e terror que um dia já sentiu em relação a esse mesmo objeto ou situação. A medicação é utilizada para controlar a experiência de pânico vivida durante a situação fóbica, bem como pela ansiedade causada pela antecipação da situação. Deste modo, é muitas vezes utilizada para tratar a fobia social e a agorafobia. A conjunção de ambos os métodos terapêuticos parece ser aquela que preconiza maiores taxas de sucesso. O tratamento mais frequente para fobias é um tipo de terapia comportamental cognitiva chamada terapia de exposição. Este tratamento é bastante eficaz, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental, cerca de 75% das pessoas ultrapassam as suas fobias com este tipo de terapia. Na terapia de exposição, o indivíduo é exposto, num ambiente seguro e controlado, ao seu objeto ou situação provocadora de medo. Isto é feito de forma gradual. Combinada com técnicas de relaxamento, esta terapia é muito eficaz e proporciona ao indivíduo um sentimento de controlo. Algumas fobias, como a fobia de aviões ou de conduzir, são tão comuns que existem profissionais especializados no seu tratamento. O número de tratamentos dependerá da intensidade da fobia, mas o tratamento é quase sempre de pouca duração.

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