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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Você sabe o que é Encoprese Infantil?


Por: Eraldo Carlos Batista (adaptado)

Encoprese é uma doença relativamente comum na infância que continua a ser mal compreendida, por esta razão, é importante esclarecer um pouco mais essa patologia.
A encoprese é geralmente definida como evacuações repetidas de fezes, involuntária ou voluntariamente, em geral de consistência normal ou quase normal, em locais não apropriados para esse propósito no contexto sociocultural do individuo. Denomina-se uma situação de dificuldade que algumas crianças apresentam para controlar adequadamente os esfíncteres. Pode-se constatar através de variações na quantidade e consistência de fezes na cueca ou calcinha e em outros lugares impróprios, na ausência de patologia orgânica.
Sua causa pode ser de ordem fisiológica ou emocional, por isso é importante a avaliação médica e psicológica. Diversos estudos realizados com criança puderam constatar que a encoprese é uma doença Psicofisiológica do trato gastrintestinal “no qual se constata a existência de uma importante interação entre eventos ambientais, hábitos comportamentais, experiência emocional e fisiologia anorretal.” (Simon, 1996).
A criança com encoprese usualmente sente vergonha e pode desejar evitar situações diferentes que possam lhe provocar embaraços como, por exemplo, dormir na casa de colegas, participar de acampamentos ou viagens.
Em geral, essas crianças apresentam alguns traços de personalidade comuns, por exemplo, dificuldades no controle da agressão, dependência exagerada dos pais e apresentam intolerância a situações frustrantes. Sua auto-estima geralmente é baixa e a maioria delas têm consciência das constantes rejeições sofridas.
O fato de a criança sujar-se com fezes pode ser deliberado ou acidental, resultando de sua tentativa de limpar ou esconder as fezes evacuadas involuntariamente. Quando a incontinência é claramente deliberada, características de Transtorno Desafiador Opositivo ou Transtorno da Conduta também podem estar presentes. Muitas crianças com encoprese também têm enurese.
Segundo o DSMIV os critérios para o diagnóstico são:
  • Critério A - Evacuação repetida de fezes em locais inadequados (por ex., roupas ou chão), seja voluntário ou involuntário.
  • Critério B - O evento deve ocorrer pelo menos uma vez por mês por no mínimo 3 meses
  • Critério C - A idade cronológica da criança deve ser de pelo menos 4 anos (ou, para crianças com atrasos no desenvolvimento, uma idade mental mínima de 4 anos)
  • Critério D - A incontinência fecal não deve ser devido exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., laxantes) ou a uma condição médica geral, exceto através de um mecanismo envolvendo obstipação.
A encoprese já definida claramente, temos também que classificá-la em:
Primária – ausência de controle, ou seja, a criança nunca adquiriu o controle voluntário dos mecanismos de evacuação
Secundária – perda de controle, ou seja, a criança chegou a desenvolver o controle voluntário dos mecanismos de evacuação, então ocorre a regressão.
Há dois subtipos importantes:
Retentiva – conseqüência da constipação crônica com incontinência por transbordamento.
Não retentiva - refere-se a sujidade inadequada, sem evidência de prisão de ventre e retenção fecal. Uma causa orgânica para a encoprese não retentivo raramente é identificado. A avaliação médica é geralmente normal, e sinais de constipação são visivelmente ausente. Aproximadamente 80-95% das crianças com encoprese têm uma história de constipação ou evacuações dolorosas. Os restantes 50-20% tem encoprese não retentivo, no entanto, muitas destas crianças têm uma história remota de constipação ou defecação dolorosa ou demonstram evacuação incompleta durante a defecação ao exame físico ou a avaliação radiográfica. Muitas vezes, a encoprese é acompanhada por algum grau de desordem das emoções ou comportamento. Não é clara a linha de separação que acompanha uma desordem de emoções e distúrbios comportamentais. Estudos sugerem que a maioria das dificuldades comportamentais associadas com encoprese pode ter a encoprese como resultado e não a causa.
Consequencias na vida da criança:
 A criança com encoprese frequentemente sente vergonha e pode ter o desejo de evitar situações (por ex., acampamentos ou escola) que poderiam provocar embaraços. O grau de prejuízo está relacionado ao efeito sobre a autoestima da criança, seu grau de ostracismo social por seus companheiros e raiva, punição e rejeição por parte dos responsáveis por seus cuidados. A criança também pode passar a manifestar alterações comportamentais, mau rendimento escolar e até conflitos com os pais. Frequentemente, estas situações tendem a arrastar-se por a criança, com vergonha, negar e não aceitar que tem este problema.
O treinamento inadequado e inconsistente do controle esfincteriano e o estresse psicossocial (por ex., ingresso na escola ou o nascimento de um irmão) podem ser fatores predisponentes.
A encoprese pode persistir com exacerbações intermitentes por anos, mas raramente se torna crônica.
Algumas causas:
- Predisposição física ineficiente para a função intestinal e motilidade;
- Tratamento prolongado com laxantes e supositórios;
- Fissuras anais;
- Prisão de ventre;
- Pacientes com dietas de partida para a constipação constipação;
- Causas de origem emocional;
- Comum em crianças com autismo ou graves distúrbios emocionais.
A criança pode perceber a evacuação como uma experiência negativa e segurar as fezes por medo das conseqüências do resultado sujo e, como conseqüência, serão retidos resultando em encoprese.
Em qualquer idade, estresse psicossocial ou doença pode determinar a regressão do controle intestinal ou uma mudança nos hábitos intestinais que podem melhorar a encoprese.
Encoprese é mais comum durante o dia que à noite.
O sucesso do tratamento da encoprese requer uma combinação de terapia médica, intervenção nutricional e intervenção terapia comportamental.
A psicoterapia ajudará a criança a lidar com os sentimentos associados de vergonha, culpa, isolamento, baixa auto-estima.
Pensar que é um problema temporário pode levar a complicar o quadro.
 
< http://www.lucianazimmerer.com.br/2011/05/encoprese-infantil.html>.
INGBERMAN, Y. K. A encoprese infantil. In: SILVARES, E. F. M. (org). Estudos de caso em psicologia clínica comportamental infantil. Campinas: Papirus, 2000.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

DOENÇA PSICOSSOMÁTICA

Achei muito interessante esse artigo...decidi publicá-lo no meu Blog.
Por: Elídio Almeida

O termo “doença psicossomática” tem sido cada vez mais usado entre as pessoas, principalmente por médicos e outros profissionais de saúde. Também tem crescido o número de pessoas que procuram atendimento psicológico em busca de alívio para as dificuldades relacionadas a este mal. A psicossomática é uma doença caracterizada por sinais e manifestações apresentadas pelo corpo, onde os exames médicos não conseguem descobrir uma origem orgânica ou biológica para o sintoma. Quando isso acontece os médicos costumam dizer: “Você não tem nada, isso é psicológico”, ou dizem: “isso é coisa da sua cabeça”. Mas e a psicologia, como encara a doença psicossomática? Os estudos das doenças psicossomáticas evoluíram bastante no campo da psicologia. As primeiras intervenções vieram a partir das descobertas de Freud e seu estudo da histeria. Desde aquela época ele via o ser humano numa divisão entre “corpo” e “mente” e tentativa entender as relações e influências entre um ponto e outro dessa divisão. Hoje, sobretudo a partir dos estudos do estresse feitos pelo Behaviorismo, a análise do comportamento não faz essa divisão, pois entende que os comportamentos e emoções são produtos do contexto no qual estamos expostos. E é justamente esse contexto que vai nos mostrar o que originou e o que mantém a doença psicossomática.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Efeitos do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) na vida adulta



 
Em crianças, o TDAH vem sendo tratado por quase um século, mas somente há algumas décadas foi dada atenção ao fato de que esta patologia persiste na vida adulta. Estudos realizados, principalmente, por Barkley (2006) estimam que uma parcela das pessoas que tiveram TDAH na infância mantém o transtorno na vida adulta, porém o seu reconhecimento tardio traz controvérsias quanto à extrapolação dos achados nos estudos com crianças para adultos. Ainda de acordo com o mesmo autor, os sintomas podem persistem na vida adulta, interferindo consideravelmente nas esferas: acadêmica, profissional, afetiva e social dos indivíduos portadores.

APA remove "Transtorno de Identidade de Gênero" do DSM V

 


 
A equipe diretiva da Associação Americana de Psiquiatria (APA) aprovou as mudanças na próxima versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) removendo o termo “Transtorno de Identidade de Gênero” que historicamente era usado pelos profissionais da área da saúde para diagnosticar sujeitos transgêneros. Esta mudança é reconhecida por alguns grupos como um avanço para remover o estigma construído sobre as pessoas transgêneras baseado em falsos estereótipos sobre identidade de gênero e sua expressão.
 
fonte: <http://www.abrapso.org.br/informativo/view?ID_INFORMATIVO=401>.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Um pouco mais sobre “Fobias”

Uma fobia é um medo persistente e irracional que resulta no ato de evitar de forma consciente de objetos, actividades, situações, animais que são temidos. A fobia consiste num aumento da ansiedade, até limites que impedem a pessoa de funcionar normalmente e que causa um mal-estar enorme. Existem diversos tipos de fobia: medo dos espaços fechados e abertos, medo de aranhas, cobras, cães, alturas, sangue, medo de morrer, medo da vida social, entre outras. No entanto as fobias são medos deslocados sobre algo que existe ao nível inconsciente, logo são deslocados sobre um objecto do consciente, logo mais suportável. Ou seja, são conflitos psicológicos internos que aparecem sobre a forma de medos que se traduzem no aumento da ansiedade. Pode existir ainda uma atitude contrafóbica, a pessoa em vez de evitar o medo, enfrenta-o. São exemplos disso, os desportos perigosos, em que a pessoa pode estar a exibir um comportamento contrafóbico. Por vezes até um simples pensamento sobre o objecto fóbico, pode causar ansiedade, não é preciso estar na presença da causa da fobia.
As fobias são reações emocionais e físicas a objetos e situações temidas. Os sintomas da fobia incluem:
  • Sentimentos de pânico, ameaça, horror ou terror;
  • Reconhecimento de que o medo ultrapassa o limites considerados normais bem como a atual ameaça de perigo;
  • Reações automáticas e incontroláveis que praticamente ultrapassam os pensamentos das pessoas;
  • Batimento cardíaco acelerado, diminuição do controlo da respiração, tremuras e um desejo oprimido de fugir à situação – todas as reações físicas relacionadas com medo extremo;
  • Tomada de medidas extremas para evitar o contacto com objetos ou as situações temidas. Causas
Fatores genéticos: Sabe-se que o pânico e a agorafobia aparecem com maior prevalência em determinadas famílias. Embora parte desses sintomas possa ser adquirido por aprendizagem, já que as crianças observam e imitam os comportamentos dos pais, há estudos genéticos que apontam para uma maior importância da hereditariedade em relação à aprendizagem. Crianças de pais com pânico e/ou agorafobia, adotadas por pais sem a doença, têm maior probabilidade de desenvolver, do que aquelas cujos pais biológicos são saudáveis; Crianças de pais com pânico e/ou agorafobia, adotadas por pais com a doença, não têm tendência para vir a desenvolvê-la. Irmãos gêmeos têm maior probabilidade de ter a doença do que irmãos não gêmeos.
Experiências marcantes de vida: Apesar de provadas as causa genéticas da doença de pânico e fobias, há doentes em cuja história familiar não se encontram outras pessoas com a doença. Segundo várias teorias psicológicas, as experiências marcantes da vida poderiam servir de mecanismo de aprendizagem da doença. Assim, se a pessoa experimenta grande ansiedade ao lidar com determinada situação e essa ansiedade diminui quando foge dela, o indivíduo tenderá a evitar a circunstância desencadeadora da ansiedade ou circunstâncias semelhantes, gerando comportamentos fóbicos. Em resumo, parece haver uma interacção entre factores genéticos, bioquímicos e psicológicos no desenvolvimento da doença de pânico e dos comportamentos fóbicos.

·         As fobias mais comuns:
·         1) Aracnofobia: medo de aranhas;
·         2) Sociofobia ou antropofobia: medo de pessoas ou situações sociais;
·         3) Aerofobia ou aviatofobia: medo de andar de avião;
·         4) Acrofobia: medo de alturas;
·         5) Brontofobia: medo de tempestade/trovões;
·         6) Necrofobia: medo de morrer;
·         7) Agorafobia: medo de espaços abertos e cheios de gente, como estádios, shoppings e locais de shows;
·         8) Claustrofobia: aversão a lugares fechados, como elevadores, túneis, ambientes pouco ventilados e até mesmo equipamentos de tomografia e ressonância magnética;
·         9) Glossofobia: pavor de falar em público/de dar palestras.;
·         10) Hidrofobia: terror de água, de entrar em piscinas ou de nadar no mar.;
·         11) Hematofobia: medo de ver sangue;
·         12) Nictofobia : medo da noite ou da escuridão;
·         13) Zoofobia: pavor a animais.  

1) Botanofobia: medo de plantas;
2) Clinofobia: medo de camas ou de se deitar;
3) Sofofobia: medo de aprender;
4) Vestifobia: medo de roupas ou de se vestir;
5) Araquibutirofobia: medo de que se incrustem na gengiva ou no palato a pele que envolve o amendoim, pipoca ou outro componente que adere ao palato como doces compactos;
6) Bibliofobia: medo de livros;
7) Eufobia: medo de ouvir boas notícias;
8) Melofobia: medo de música;
9) Aurofobia: medo de ouro;
10) Coulrofobia: medo de palhaços.

Tratamento: Qualquer tipo de fobia que interfira na vida diária de uma pessoa e que cause extrema inabilidade deve ser sujeita a tratamento. Com tratamento adequado a vasta maioria de pacientes com fobias pode ultrapassar completamente os seus medos e estar livre dos sintomas durante muitos anos, se não para toda a vida. Um especial relevo deve ser dado à utilização da terapia cognitivo – comportamental, medicação ou a combinação de ambas.  Na terapia comportamental, o paciente com fobias com a ajuda de um terapeuta comportamental e inserido num programa planeado, enfrenta o objeto ou situação temida e gradualmente vai aprendendo a forma de conseguir controlar as reações de medo físicas e mentais. Pela confrontação do objeto de medo em substituição da evitação do mesmo, o fóbico perde o medo e terror que um dia já sentiu em relação a esse mesmo objeto ou situação. A medicação é utilizada para controlar a experiência de pânico vivida durante a situação fóbica, bem como pela ansiedade causada pela antecipação da situação. Deste modo, é muitas vezes utilizada para tratar a fobia social e a agorafobia. A conjunção de ambos os métodos terapêuticos parece ser aquela que preconiza maiores taxas de sucesso. O tratamento mais frequente para fobias é um tipo de terapia comportamental cognitiva chamada terapia de exposição. Este tratamento é bastante eficaz, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental, cerca de 75% das pessoas ultrapassam as suas fobias com este tipo de terapia. Na terapia de exposição, o indivíduo é exposto, num ambiente seguro e controlado, ao seu objeto ou situação provocadora de medo. Isto é feito de forma gradual. Combinada com técnicas de relaxamento, esta terapia é muito eficaz e proporciona ao indivíduo um sentimento de controlo. Algumas fobias, como a fobia de aviões ou de conduzir, são tão comuns que existem profissionais especializados no seu tratamento. O número de tratamentos dependerá da intensidade da fobia, mas o tratamento é quase sempre de pouca duração.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Glossofobia (medo de falar em público)




O medo sempre teve papel importante na adaptação e na obrevivência humana. É o medo que nos faz fugir de situações perigosas. Sentir medo é normal, e não caracteriza uma fobia.  A fobia é um medo excessivo, que permanece por muito tempo, em relação a um objeto ou uma situação, ou até mesmo pela antecipação de uma situação por meio do pensamento (uma resposta de ansiedade). O que levaria o fóbico a um comportamento de esquiva. Assim, observamos que a diferença entre sentir medo e uma fobia está na intensidade e na frequência. Existem diferentes tipos e subtipos de fobias que possuem características muito diferenciadas. Um tipo de fobia que retrata um dos maiores temores dos profissionais da atualidade é a glossofobia. A glossofobia é um termo pouco conhecido, vem do grego glossa (língua) e fobia (medo), é o medo falar em público (timidez). Muitas vezes a simples ideia de fazer uma apresentação em público, traz uma intensa ansiedade e se manifesta na comunicação verbal e não verbal, provocando aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, dilatando as pupilas, causando rigidez no pescoço e nas costas, provocando sudorese, secura na boca. A voz pode ficar tensa e tremula, expandem-se as vogais alongadas, gagueiras e o famoso “branco”. Considerando que a glossofobia é um reflexo aprendido, uma das formas de tratamentos seria através de programas ou exercícios específicos criados para dessensibilizar este comportamento.
Algumas dicas para diminuir a glossofobia:
1. Prepare seu conteúdo
É importante saber qual será sua audiência para poder adaptar seu conteúdo a ela. Uma apresentação que deu certo em uma turma de alunos do ensino médio pode não funcionar com estudantes de pós-graduação. Conheça seu público, o que eles estudam, o que eles gostam, o que eles querem saber.
2. Pratique
Praticar nunca é demais. Apresente na frente do espelho ou para seus amigos e peça feedback. Veja se você está dentro do tempo previsto. A melhor dica de todas é filmar sua apresentação: nela você pode avaliar sua fluência, suas pausas, sua voz, seus gestos, sua postura. Cada apresentação é uma oportunidade para aprendizagem e você aprenderá mais se puder se assistir depois.
3. Questione seus pensamentos do tipo “E se…”
E se você tropeçar e cair? E se você esquecer o conteúdo? E se rirem de você? Mesmo que imprevistos aconteçam, você sobreviverá. É normal ficarmos ansiosos mas com o tempo a ansiedade passa. Cinco minutos depois a audiência não vai lembrar o quanto você estava nervoso mas sim como foi a apresentação.
4. Use a imaginação
Não pense apenas no lado negativo da coisa. Imagine-se mais confiante. Pense em você chegando na sala ou no auditório sorridente, com uma postura confiante, compartilhando seu conhecimento. E se os pensamentos negativos voltarem, imagine-se solucionando os problemas.
5. Foque no seu material
Quando estiver lá na frente, concentre mais no seu material e menos no que você está sentindo. Logo você esquecerá que estava nervoso. Foque em dar o seu melhor e ajudar sua audiência.
6. Respire
Esta dica eu recomendo não só para quem vai falar em público mas sim para todos os ansiosos e pode ser feita antes da apresentação ou algumas vezes ao dia. A respiração diafragmática aliada ao controle respiratório te ajudará a absorver maiores quantidades de oxigênio, diminuindo a ansiedade. O ideal é encher o pulmão de ar, segurar por alguns segundos e soltar levemente, como se estivesse assoprando por um canudo.
7. Evite cafeína
A cafeína é uma substância estimulante. Ela pode te ajudar a despertar, mas se você é uma pessoa ansiosa ou agitada, ela pode te atrapalhar no restante do dia. Se você precisa se acalmar é recomendado evitar o café e outros chocolates ou bebidas que contenham cafeína. Prefira tomar água ou algum chá.
8. Enfrente a situação
Quanto mais você evitar ter que falar em público, mais difícil se tornará da próxima vez. É melhor enfrentar a apresentação de uma vez, aprender com ela, e a próxima será um pouco mais fácil. É somente com a prática que novos comportamentos se tornam hábitos.
Texto adaptado

sábado, 15 de dezembro de 2012


Um vídeo muito bom para exemplicar os processos de aprendizagem social

TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL
A aprendizagem social traduz-se na capacidade de reproduzir um comportamento observado. Este tipo de aprendizagem distingue-se de outros tipos de aprendizagem por assentar na imitação e, portanto, no fato de que sem ela tais comportamentos dificilmente seriam apreendidos.Esta teoria nasceu com o psicólogo social Albert Bandura e diz-nos que nós não aprendemos exclusivamente pelos nossos mecanismos reflexos, nem pelas consequências que esperamos dos comportamentos. Em situações sociais, aprendemos especialmente através da imitação, observação e reprodução do comportamento dos outros, ou seja, grande parte das nossas aprendizagens efetua-se através da observação dos modelos sociais existentes e com os quais contactamos. É possível aprender uma extensa gama de comportamentos sem que tenhamos de experimentá-los, bastando observá-los.
A socialização define-se como a sequência de experiências de aprendizagem social cujo resultado é a integração do indivíduo na sociedade. Deste modo, a aprendizagem social é o processo fundamental da socialização, entendendo-se por qualquer modificação dos conhecimentos ou dos comportamentos como resultado da interação com as pessoas que constituem o nosso meio social.
Esta teoria fundamenta-se em vários mecanismos, tais como: no condicionamento clássico e operante (formas de aprendizagem); na imitação e modelagem; na curiosidade e competência; na memorização e inteligibilidade; e, como último exemplo, nas aspirações e expectações.
O paradigma da aprendizagem social comporta três pressupostos: o da própria aprendizagem social, o do determinismo recíproco e o pressuposto da auto-eficácia.
O primeiro pressuposto dita que a aprendizagem ocorre por observação de um modelo, o que implica a ocorrência de quatro fases: a da modelagem (observação em si), a da reprodução ou prática do comportamento observado, a da monitorização (feedback que se recebe pela execução do comportamento) e, por último, a fase do aperfeiçoamento e reforço. O segundo pressuposto determina que as pessoas, comportamentos e ambientes interagem reciprocamente. Finalmente, o pressuposto da auto-eficácia estabelece que quer as aprendizagens se verifiquem diretamente através da prática, quer as que se verifiquem indiretamente através da observação ou persuasão, são sempre orientadas cognitivamente através da construção de teorias de auto-eficácia que regulam o comportamento dos indivíduos estabelecendo as tarefas que escolhem, bem como o esforço e a persistência na realização das mesmas.
De acordo com Albert Bandura a aquisição de conhecimento (aprendizagem) e desempenho observável baseado naquele conhecimento (comportamento). Enfatiza a importância da observação e da modelagem dos comportamentos, atitudes e respostas emocionais dos outros.