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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014


QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA OFICINA DE MÚSICA COM USUÁRIOS DE UM CAPS NO INTERIOR DE RONDÔNIA*



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Sabe-se que a música promove estimulações, que se bem utilizadas, podem promover ao bem-estar psicológico e emocional. Assim, as atividades artísticas e musicais por meio de suas influências psicológicas positivas, tornam ferramentas primordiais no avanço do tratamento sobre o comportamento do indivíduo. Participar de atividades musicais pode proporcionar ao indivíduo melhorias na sua criatividade, comunicação, socialização, na promoção do seu bem-estar físico e psíquico, bem como elevar sua autoestima. No campo da saúde mental, as oficinas terapêuticas com atividades artísticas e musicais são importantes subsídios no processo de reabilitação psicossocial da pessoa em sofrimento psíquico. Por reabilitação psicossocial entende-se o conjunto de práticas que visam potencializar as possibilidades da pessoa em sofrimento psíquico para se integrar à sociedade de forma harmônica, respeitando-se as características individuais de cada sujeito (VALLADARES et al., 2003). É por meio destas oficinas que a proposta de reinserção do sujeito no contexto social pode ser realmente cumprida na prática. O presente trabalho trata-se de um relato de experiência com um grupo de usuários e acompanhantes participantes de uma oficina de música do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do município de Rolim de Moura – RO. A oficina faz parte de um projeto de extensão denominado “Quem canta seus males espanta: música, saúde mental e cidadania”. O objetivo do projeto consiste em proporcionar aos usuários e acompanhantes do CAPS um momento de bem estar, acolhimento e humanização por meio de atividades artísticas e musicais que levem em consideração o âmbito biopsicossocial dos sujeitos participantes; Auxiliar no processo de reabilitação psicossocial do usuário visando recuperar sua autonomia e sua reinserção nas atividades cotidianas. O projeto é desenvolvido pela equipe do CAPS e por estudantes de psicologia. Os encontros com os usuários acontecem uma vez por semana onde são realizadas várias atividades árticas e musicais desenvolvidas pela equipe e também pelo grupo. As atividades desenvolvidas são: dinâmicas de relaxamento, roda de conversa, apresentação musical individual e em grupo, e declamação de poesia. Os benefícios encontrados foram sentimento de acolhida, espaço para ser escutado e para externalizar emoções como raiva, tristeza, alegria e sentimento de relaxamento.

* Trabalho apresentado no IV Congresso de saúde mental em Manaus
** Todas imagens foram autorizadas por escrito pelos usuários