QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA OFICINA DE
MÚSICA COM USUÁRIOS DE UM CAPS NO INTERIOR DE RONDÔNIA*
Sabe-se que a música promove estimulações, que se bem
utilizadas, podem promover ao bem-estar psicológico e emocional. Assim, as
atividades artísticas e musicais por meio de suas influências psicológicas
positivas, tornam ferramentas primordiais no avanço do tratamento sobre o
comportamento do indivíduo. Participar de atividades musicais pode proporcionar
ao indivíduo melhorias na sua criatividade, comunicação, socialização, na
promoção do seu bem-estar físico e psíquico, bem como elevar sua autoestima. No
campo da saúde mental, as oficinas terapêuticas com atividades artísticas e
musicais são importantes subsídios no processo de reabilitação psicossocial da
pessoa em sofrimento psíquico. Por reabilitação psicossocial entende-se o
conjunto de práticas que visam potencializar as possibilidades da pessoa em
sofrimento psíquico para se integrar à sociedade de forma harmônica,
respeitando-se as características individuais de cada sujeito (VALLADARES et
al., 2003). É por meio destas oficinas que a proposta de reinserção do sujeito
no contexto social pode ser realmente cumprida na prática. O presente trabalho
trata-se de um relato de experiência com um grupo de usuários e acompanhantes
participantes de uma oficina de música do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)
do município de Rolim de Moura – RO. A oficina faz parte de um projeto de
extensão denominado “Quem canta seus males espanta: música, saúde mental e
cidadania”. O objetivo do projeto consiste em proporcionar aos usuários e
acompanhantes do CAPS um momento de bem estar, acolhimento e humanização por
meio de atividades artísticas e musicais que levem em consideração o âmbito
biopsicossocial dos sujeitos participantes; Auxiliar no processo de
reabilitação psicossocial do usuário visando recuperar sua autonomia e sua
reinserção nas atividades cotidianas. O projeto é desenvolvido pela equipe do
CAPS e por estudantes de psicologia. Os encontros com os usuários acontecem uma
vez por semana onde são realizadas várias atividades árticas e musicais
desenvolvidas pela equipe e também pelo grupo. As atividades desenvolvidas são:
dinâmicas de relaxamento, roda de conversa, apresentação musical individual e
em grupo, e declamação de poesia. Os benefícios encontrados foram sentimento de
acolhida, espaço para ser escutado e para externalizar emoções como raiva,
tristeza, alegria e sentimento de relaxamento.
* Trabalho apresentado no IV Congresso de saúde mental em Manaus
** Todas imagens foram autorizadas por escrito pelos usuários