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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Você sabe o que é Encoprese Infantil?


Por: Eraldo Carlos Batista (adaptado)

Encoprese é uma doença relativamente comum na infância que continua a ser mal compreendida, por esta razão, é importante esclarecer um pouco mais essa patologia.
A encoprese é geralmente definida como evacuações repetidas de fezes, involuntária ou voluntariamente, em geral de consistência normal ou quase normal, em locais não apropriados para esse propósito no contexto sociocultural do individuo. Denomina-se uma situação de dificuldade que algumas crianças apresentam para controlar adequadamente os esfíncteres. Pode-se constatar através de variações na quantidade e consistência de fezes na cueca ou calcinha e em outros lugares impróprios, na ausência de patologia orgânica.
Sua causa pode ser de ordem fisiológica ou emocional, por isso é importante a avaliação médica e psicológica. Diversos estudos realizados com criança puderam constatar que a encoprese é uma doença Psicofisiológica do trato gastrintestinal “no qual se constata a existência de uma importante interação entre eventos ambientais, hábitos comportamentais, experiência emocional e fisiologia anorretal.” (Simon, 1996).
A criança com encoprese usualmente sente vergonha e pode desejar evitar situações diferentes que possam lhe provocar embaraços como, por exemplo, dormir na casa de colegas, participar de acampamentos ou viagens.
Em geral, essas crianças apresentam alguns traços de personalidade comuns, por exemplo, dificuldades no controle da agressão, dependência exagerada dos pais e apresentam intolerância a situações frustrantes. Sua auto-estima geralmente é baixa e a maioria delas têm consciência das constantes rejeições sofridas.
O fato de a criança sujar-se com fezes pode ser deliberado ou acidental, resultando de sua tentativa de limpar ou esconder as fezes evacuadas involuntariamente. Quando a incontinência é claramente deliberada, características de Transtorno Desafiador Opositivo ou Transtorno da Conduta também podem estar presentes. Muitas crianças com encoprese também têm enurese.
Segundo o DSMIV os critérios para o diagnóstico são:
  • Critério A - Evacuação repetida de fezes em locais inadequados (por ex., roupas ou chão), seja voluntário ou involuntário.
  • Critério B - O evento deve ocorrer pelo menos uma vez por mês por no mínimo 3 meses
  • Critério C - A idade cronológica da criança deve ser de pelo menos 4 anos (ou, para crianças com atrasos no desenvolvimento, uma idade mental mínima de 4 anos)
  • Critério D - A incontinência fecal não deve ser devido exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., laxantes) ou a uma condição médica geral, exceto através de um mecanismo envolvendo obstipação.
A encoprese já definida claramente, temos também que classificá-la em:
Primária – ausência de controle, ou seja, a criança nunca adquiriu o controle voluntário dos mecanismos de evacuação
Secundária – perda de controle, ou seja, a criança chegou a desenvolver o controle voluntário dos mecanismos de evacuação, então ocorre a regressão.
Há dois subtipos importantes:
Retentiva – conseqüência da constipação crônica com incontinência por transbordamento.
Não retentiva - refere-se a sujidade inadequada, sem evidência de prisão de ventre e retenção fecal. Uma causa orgânica para a encoprese não retentivo raramente é identificado. A avaliação médica é geralmente normal, e sinais de constipação são visivelmente ausente. Aproximadamente 80-95% das crianças com encoprese têm uma história de constipação ou evacuações dolorosas. Os restantes 50-20% tem encoprese não retentivo, no entanto, muitas destas crianças têm uma história remota de constipação ou defecação dolorosa ou demonstram evacuação incompleta durante a defecação ao exame físico ou a avaliação radiográfica. Muitas vezes, a encoprese é acompanhada por algum grau de desordem das emoções ou comportamento. Não é clara a linha de separação que acompanha uma desordem de emoções e distúrbios comportamentais. Estudos sugerem que a maioria das dificuldades comportamentais associadas com encoprese pode ter a encoprese como resultado e não a causa.
Consequencias na vida da criança:
 A criança com encoprese frequentemente sente vergonha e pode ter o desejo de evitar situações (por ex., acampamentos ou escola) que poderiam provocar embaraços. O grau de prejuízo está relacionado ao efeito sobre a autoestima da criança, seu grau de ostracismo social por seus companheiros e raiva, punição e rejeição por parte dos responsáveis por seus cuidados. A criança também pode passar a manifestar alterações comportamentais, mau rendimento escolar e até conflitos com os pais. Frequentemente, estas situações tendem a arrastar-se por a criança, com vergonha, negar e não aceitar que tem este problema.
O treinamento inadequado e inconsistente do controle esfincteriano e o estresse psicossocial (por ex., ingresso na escola ou o nascimento de um irmão) podem ser fatores predisponentes.
A encoprese pode persistir com exacerbações intermitentes por anos, mas raramente se torna crônica.
Algumas causas:
- Predisposição física ineficiente para a função intestinal e motilidade;
- Tratamento prolongado com laxantes e supositórios;
- Fissuras anais;
- Prisão de ventre;
- Pacientes com dietas de partida para a constipação constipação;
- Causas de origem emocional;
- Comum em crianças com autismo ou graves distúrbios emocionais.
A criança pode perceber a evacuação como uma experiência negativa e segurar as fezes por medo das conseqüências do resultado sujo e, como conseqüência, serão retidos resultando em encoprese.
Em qualquer idade, estresse psicossocial ou doença pode determinar a regressão do controle intestinal ou uma mudança nos hábitos intestinais que podem melhorar a encoprese.
Encoprese é mais comum durante o dia que à noite.
O sucesso do tratamento da encoprese requer uma combinação de terapia médica, intervenção nutricional e intervenção terapia comportamental.
A psicoterapia ajudará a criança a lidar com os sentimentos associados de vergonha, culpa, isolamento, baixa auto-estima.
Pensar que é um problema temporário pode levar a complicar o quadro.
 
< http://www.lucianazimmerer.com.br/2011/05/encoprese-infantil.html>.
INGBERMAN, Y. K. A encoprese infantil. In: SILVARES, E. F. M. (org). Estudos de caso em psicologia clínica comportamental infantil. Campinas: Papirus, 2000.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

DOENÇA PSICOSSOMÁTICA

Achei muito interessante esse artigo...decidi publicá-lo no meu Blog.
Por: Elídio Almeida

O termo “doença psicossomática” tem sido cada vez mais usado entre as pessoas, principalmente por médicos e outros profissionais de saúde. Também tem crescido o número de pessoas que procuram atendimento psicológico em busca de alívio para as dificuldades relacionadas a este mal. A psicossomática é uma doença caracterizada por sinais e manifestações apresentadas pelo corpo, onde os exames médicos não conseguem descobrir uma origem orgânica ou biológica para o sintoma. Quando isso acontece os médicos costumam dizer: “Você não tem nada, isso é psicológico”, ou dizem: “isso é coisa da sua cabeça”. Mas e a psicologia, como encara a doença psicossomática? Os estudos das doenças psicossomáticas evoluíram bastante no campo da psicologia. As primeiras intervenções vieram a partir das descobertas de Freud e seu estudo da histeria. Desde aquela época ele via o ser humano numa divisão entre “corpo” e “mente” e tentativa entender as relações e influências entre um ponto e outro dessa divisão. Hoje, sobretudo a partir dos estudos do estresse feitos pelo Behaviorismo, a análise do comportamento não faz essa divisão, pois entende que os comportamentos e emoções são produtos do contexto no qual estamos expostos. E é justamente esse contexto que vai nos mostrar o que originou e o que mantém a doença psicossomática.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Efeitos do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) na vida adulta



 
Em crianças, o TDAH vem sendo tratado por quase um século, mas somente há algumas décadas foi dada atenção ao fato de que esta patologia persiste na vida adulta. Estudos realizados, principalmente, por Barkley (2006) estimam que uma parcela das pessoas que tiveram TDAH na infância mantém o transtorno na vida adulta, porém o seu reconhecimento tardio traz controvérsias quanto à extrapolação dos achados nos estudos com crianças para adultos. Ainda de acordo com o mesmo autor, os sintomas podem persistem na vida adulta, interferindo consideravelmente nas esferas: acadêmica, profissional, afetiva e social dos indivíduos portadores.

APA remove "Transtorno de Identidade de Gênero" do DSM V

 


 
A equipe diretiva da Associação Americana de Psiquiatria (APA) aprovou as mudanças na próxima versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) removendo o termo “Transtorno de Identidade de Gênero” que historicamente era usado pelos profissionais da área da saúde para diagnosticar sujeitos transgêneros. Esta mudança é reconhecida por alguns grupos como um avanço para remover o estigma construído sobre as pessoas transgêneras baseado em falsos estereótipos sobre identidade de gênero e sua expressão.
 
fonte: <http://www.abrapso.org.br/informativo/view?ID_INFORMATIVO=401>.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Um pouco mais sobre “Fobias”

Uma fobia é um medo persistente e irracional que resulta no ato de evitar de forma consciente de objetos, actividades, situações, animais que são temidos. A fobia consiste num aumento da ansiedade, até limites que impedem a pessoa de funcionar normalmente e que causa um mal-estar enorme. Existem diversos tipos de fobia: medo dos espaços fechados e abertos, medo de aranhas, cobras, cães, alturas, sangue, medo de morrer, medo da vida social, entre outras. No entanto as fobias são medos deslocados sobre algo que existe ao nível inconsciente, logo são deslocados sobre um objecto do consciente, logo mais suportável. Ou seja, são conflitos psicológicos internos que aparecem sobre a forma de medos que se traduzem no aumento da ansiedade. Pode existir ainda uma atitude contrafóbica, a pessoa em vez de evitar o medo, enfrenta-o. São exemplos disso, os desportos perigosos, em que a pessoa pode estar a exibir um comportamento contrafóbico. Por vezes até um simples pensamento sobre o objecto fóbico, pode causar ansiedade, não é preciso estar na presença da causa da fobia.
As fobias são reações emocionais e físicas a objetos e situações temidas. Os sintomas da fobia incluem:
  • Sentimentos de pânico, ameaça, horror ou terror;
  • Reconhecimento de que o medo ultrapassa o limites considerados normais bem como a atual ameaça de perigo;
  • Reações automáticas e incontroláveis que praticamente ultrapassam os pensamentos das pessoas;
  • Batimento cardíaco acelerado, diminuição do controlo da respiração, tremuras e um desejo oprimido de fugir à situação – todas as reações físicas relacionadas com medo extremo;
  • Tomada de medidas extremas para evitar o contacto com objetos ou as situações temidas. Causas
Fatores genéticos: Sabe-se que o pânico e a agorafobia aparecem com maior prevalência em determinadas famílias. Embora parte desses sintomas possa ser adquirido por aprendizagem, já que as crianças observam e imitam os comportamentos dos pais, há estudos genéticos que apontam para uma maior importância da hereditariedade em relação à aprendizagem. Crianças de pais com pânico e/ou agorafobia, adotadas por pais sem a doença, têm maior probabilidade de desenvolver, do que aquelas cujos pais biológicos são saudáveis; Crianças de pais com pânico e/ou agorafobia, adotadas por pais com a doença, não têm tendência para vir a desenvolvê-la. Irmãos gêmeos têm maior probabilidade de ter a doença do que irmãos não gêmeos.
Experiências marcantes de vida: Apesar de provadas as causa genéticas da doença de pânico e fobias, há doentes em cuja história familiar não se encontram outras pessoas com a doença. Segundo várias teorias psicológicas, as experiências marcantes da vida poderiam servir de mecanismo de aprendizagem da doença. Assim, se a pessoa experimenta grande ansiedade ao lidar com determinada situação e essa ansiedade diminui quando foge dela, o indivíduo tenderá a evitar a circunstância desencadeadora da ansiedade ou circunstâncias semelhantes, gerando comportamentos fóbicos. Em resumo, parece haver uma interacção entre factores genéticos, bioquímicos e psicológicos no desenvolvimento da doença de pânico e dos comportamentos fóbicos.

·         As fobias mais comuns:
·         1) Aracnofobia: medo de aranhas;
·         2) Sociofobia ou antropofobia: medo de pessoas ou situações sociais;
·         3) Aerofobia ou aviatofobia: medo de andar de avião;
·         4) Acrofobia: medo de alturas;
·         5) Brontofobia: medo de tempestade/trovões;
·         6) Necrofobia: medo de morrer;
·         7) Agorafobia: medo de espaços abertos e cheios de gente, como estádios, shoppings e locais de shows;
·         8) Claustrofobia: aversão a lugares fechados, como elevadores, túneis, ambientes pouco ventilados e até mesmo equipamentos de tomografia e ressonância magnética;
·         9) Glossofobia: pavor de falar em público/de dar palestras.;
·         10) Hidrofobia: terror de água, de entrar em piscinas ou de nadar no mar.;
·         11) Hematofobia: medo de ver sangue;
·         12) Nictofobia : medo da noite ou da escuridão;
·         13) Zoofobia: pavor a animais.  

1) Botanofobia: medo de plantas;
2) Clinofobia: medo de camas ou de se deitar;
3) Sofofobia: medo de aprender;
4) Vestifobia: medo de roupas ou de se vestir;
5) Araquibutirofobia: medo de que se incrustem na gengiva ou no palato a pele que envolve o amendoim, pipoca ou outro componente que adere ao palato como doces compactos;
6) Bibliofobia: medo de livros;
7) Eufobia: medo de ouvir boas notícias;
8) Melofobia: medo de música;
9) Aurofobia: medo de ouro;
10) Coulrofobia: medo de palhaços.

Tratamento: Qualquer tipo de fobia que interfira na vida diária de uma pessoa e que cause extrema inabilidade deve ser sujeita a tratamento. Com tratamento adequado a vasta maioria de pacientes com fobias pode ultrapassar completamente os seus medos e estar livre dos sintomas durante muitos anos, se não para toda a vida. Um especial relevo deve ser dado à utilização da terapia cognitivo – comportamental, medicação ou a combinação de ambas.  Na terapia comportamental, o paciente com fobias com a ajuda de um terapeuta comportamental e inserido num programa planeado, enfrenta o objeto ou situação temida e gradualmente vai aprendendo a forma de conseguir controlar as reações de medo físicas e mentais. Pela confrontação do objeto de medo em substituição da evitação do mesmo, o fóbico perde o medo e terror que um dia já sentiu em relação a esse mesmo objeto ou situação. A medicação é utilizada para controlar a experiência de pânico vivida durante a situação fóbica, bem como pela ansiedade causada pela antecipação da situação. Deste modo, é muitas vezes utilizada para tratar a fobia social e a agorafobia. A conjunção de ambos os métodos terapêuticos parece ser aquela que preconiza maiores taxas de sucesso. O tratamento mais frequente para fobias é um tipo de terapia comportamental cognitiva chamada terapia de exposição. Este tratamento é bastante eficaz, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental, cerca de 75% das pessoas ultrapassam as suas fobias com este tipo de terapia. Na terapia de exposição, o indivíduo é exposto, num ambiente seguro e controlado, ao seu objeto ou situação provocadora de medo. Isto é feito de forma gradual. Combinada com técnicas de relaxamento, esta terapia é muito eficaz e proporciona ao indivíduo um sentimento de controlo. Algumas fobias, como a fobia de aviões ou de conduzir, são tão comuns que existem profissionais especializados no seu tratamento. O número de tratamentos dependerá da intensidade da fobia, mas o tratamento é quase sempre de pouca duração.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Glossofobia (medo de falar em público)




O medo sempre teve papel importante na adaptação e na obrevivência humana. É o medo que nos faz fugir de situações perigosas. Sentir medo é normal, e não caracteriza uma fobia.  A fobia é um medo excessivo, que permanece por muito tempo, em relação a um objeto ou uma situação, ou até mesmo pela antecipação de uma situação por meio do pensamento (uma resposta de ansiedade). O que levaria o fóbico a um comportamento de esquiva. Assim, observamos que a diferença entre sentir medo e uma fobia está na intensidade e na frequência. Existem diferentes tipos e subtipos de fobias que possuem características muito diferenciadas. Um tipo de fobia que retrata um dos maiores temores dos profissionais da atualidade é a glossofobia. A glossofobia é um termo pouco conhecido, vem do grego glossa (língua) e fobia (medo), é o medo falar em público (timidez). Muitas vezes a simples ideia de fazer uma apresentação em público, traz uma intensa ansiedade e se manifesta na comunicação verbal e não verbal, provocando aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, dilatando as pupilas, causando rigidez no pescoço e nas costas, provocando sudorese, secura na boca. A voz pode ficar tensa e tremula, expandem-se as vogais alongadas, gagueiras e o famoso “branco”. Considerando que a glossofobia é um reflexo aprendido, uma das formas de tratamentos seria através de programas ou exercícios específicos criados para dessensibilizar este comportamento.
Algumas dicas para diminuir a glossofobia:
1. Prepare seu conteúdo
É importante saber qual será sua audiência para poder adaptar seu conteúdo a ela. Uma apresentação que deu certo em uma turma de alunos do ensino médio pode não funcionar com estudantes de pós-graduação. Conheça seu público, o que eles estudam, o que eles gostam, o que eles querem saber.
2. Pratique
Praticar nunca é demais. Apresente na frente do espelho ou para seus amigos e peça feedback. Veja se você está dentro do tempo previsto. A melhor dica de todas é filmar sua apresentação: nela você pode avaliar sua fluência, suas pausas, sua voz, seus gestos, sua postura. Cada apresentação é uma oportunidade para aprendizagem e você aprenderá mais se puder se assistir depois.
3. Questione seus pensamentos do tipo “E se…”
E se você tropeçar e cair? E se você esquecer o conteúdo? E se rirem de você? Mesmo que imprevistos aconteçam, você sobreviverá. É normal ficarmos ansiosos mas com o tempo a ansiedade passa. Cinco minutos depois a audiência não vai lembrar o quanto você estava nervoso mas sim como foi a apresentação.
4. Use a imaginação
Não pense apenas no lado negativo da coisa. Imagine-se mais confiante. Pense em você chegando na sala ou no auditório sorridente, com uma postura confiante, compartilhando seu conhecimento. E se os pensamentos negativos voltarem, imagine-se solucionando os problemas.
5. Foque no seu material
Quando estiver lá na frente, concentre mais no seu material e menos no que você está sentindo. Logo você esquecerá que estava nervoso. Foque em dar o seu melhor e ajudar sua audiência.
6. Respire
Esta dica eu recomendo não só para quem vai falar em público mas sim para todos os ansiosos e pode ser feita antes da apresentação ou algumas vezes ao dia. A respiração diafragmática aliada ao controle respiratório te ajudará a absorver maiores quantidades de oxigênio, diminuindo a ansiedade. O ideal é encher o pulmão de ar, segurar por alguns segundos e soltar levemente, como se estivesse assoprando por um canudo.
7. Evite cafeína
A cafeína é uma substância estimulante. Ela pode te ajudar a despertar, mas se você é uma pessoa ansiosa ou agitada, ela pode te atrapalhar no restante do dia. Se você precisa se acalmar é recomendado evitar o café e outros chocolates ou bebidas que contenham cafeína. Prefira tomar água ou algum chá.
8. Enfrente a situação
Quanto mais você evitar ter que falar em público, mais difícil se tornará da próxima vez. É melhor enfrentar a apresentação de uma vez, aprender com ela, e a próxima será um pouco mais fácil. É somente com a prática que novos comportamentos se tornam hábitos.
Texto adaptado

sábado, 15 de dezembro de 2012


Um vídeo muito bom para exemplicar os processos de aprendizagem social

TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL
A aprendizagem social traduz-se na capacidade de reproduzir um comportamento observado. Este tipo de aprendizagem distingue-se de outros tipos de aprendizagem por assentar na imitação e, portanto, no fato de que sem ela tais comportamentos dificilmente seriam apreendidos.Esta teoria nasceu com o psicólogo social Albert Bandura e diz-nos que nós não aprendemos exclusivamente pelos nossos mecanismos reflexos, nem pelas consequências que esperamos dos comportamentos. Em situações sociais, aprendemos especialmente através da imitação, observação e reprodução do comportamento dos outros, ou seja, grande parte das nossas aprendizagens efetua-se através da observação dos modelos sociais existentes e com os quais contactamos. É possível aprender uma extensa gama de comportamentos sem que tenhamos de experimentá-los, bastando observá-los.
A socialização define-se como a sequência de experiências de aprendizagem social cujo resultado é a integração do indivíduo na sociedade. Deste modo, a aprendizagem social é o processo fundamental da socialização, entendendo-se por qualquer modificação dos conhecimentos ou dos comportamentos como resultado da interação com as pessoas que constituem o nosso meio social.
Esta teoria fundamenta-se em vários mecanismos, tais como: no condicionamento clássico e operante (formas de aprendizagem); na imitação e modelagem; na curiosidade e competência; na memorização e inteligibilidade; e, como último exemplo, nas aspirações e expectações.
O paradigma da aprendizagem social comporta três pressupostos: o da própria aprendizagem social, o do determinismo recíproco e o pressuposto da auto-eficácia.
O primeiro pressuposto dita que a aprendizagem ocorre por observação de um modelo, o que implica a ocorrência de quatro fases: a da modelagem (observação em si), a da reprodução ou prática do comportamento observado, a da monitorização (feedback que se recebe pela execução do comportamento) e, por último, a fase do aperfeiçoamento e reforço. O segundo pressuposto determina que as pessoas, comportamentos e ambientes interagem reciprocamente. Finalmente, o pressuposto da auto-eficácia estabelece que quer as aprendizagens se verifiquem diretamente através da prática, quer as que se verifiquem indiretamente através da observação ou persuasão, são sempre orientadas cognitivamente através da construção de teorias de auto-eficácia que regulam o comportamento dos indivíduos estabelecendo as tarefas que escolhem, bem como o esforço e a persistência na realização das mesmas.
De acordo com Albert Bandura a aquisição de conhecimento (aprendizagem) e desempenho observável baseado naquele conhecimento (comportamento). Enfatiza a importância da observação e da modelagem dos comportamentos, atitudes e respostas emocionais dos outros.

sábado, 10 de novembro de 2012

O GRANDE DIA ESTÁ CHEGANDO

O grande dia está chegando, o dia do troféu, chegamos ao estágio mais alto do cume de um monte de onde se descortinam vários caminhos. Caminhos que serão percorridos de acordo com a vocação e as escolhas de cada um. Está chegando o dia do fim, e também o dia do começo.... Tudo está pronto para começar. E a vida aguarda os novos artistas. E o mundo está sedento do talento daqueles que fizeram da sua vida a arte de aprender, de buscar um novo horizonte para sua vida. Daqueles que romperam com as barreiras do medo pela busca do conhecimento e que agora saem da gruta sem medo de enfrentar as feras que surgirem pelo caminho. Estão sem medo porque agora estão armados... Estão armados, armados de valores, de conhecimento, de amor. O tempo passou rápido demais. No começo, movia-se devagar. Os primeiro dias. Os primeiros contatos, tudo era novidade. Cada novo momento parecia difícil de ser aprendido. As notas foram ganhando sonoridade. O som agradável foi contagiando toda a academia. E os atores da vida foram crescendo, tal qual aurora que todos os rincões do mundo. E essa luz que vinha das conversas, dos risos, das pequenas discussões, das descobertas que faziam da academia um espaço de magia. E todo o reino era tomado por um sentimento único de esperança. Passamos momentos de tensão, períodos de dificuldades, horas e problemas que pareciam nunca passar. Mas estávamos ali, firmes em nossos propósitos, perseverantes, e principalmente com muita fé em Deus, pois sabíamos que este momento iria chegar. Valeu a pena todo o sacrifício que passamos na nossa jornada até aqui. O sonho, agora está mais vivo do que nunca. A caverna já cumpriu sua missão. Não é possível mais viver em seus seguros espaços. É preciso sair para o mundo. É preciso deixar na caverna tantos momentos lindos que marcaram nossa história. É preciso levar da caverna os sentimentos corretos. A determinação de não nos acomodarmos com o que esta acontecendo de errado. Aprendemos que nunca deveríamos negligenciar os nossos valores, os nossos ideais. E seremos fieis a essa vocação. Estamos prontos. Saudosos de um passado recente. Mas prontos. Podem abrir as cortinas.


PARABÉNS A SEGUNDA TURMA DE PSICOLOGIA DA FACULDADE DE ROLIM DE MOURA – FAROL.


Não somos os melhores nem os piores, somos apenas diferentes!!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Testes Psicológicos

OS TESTESPSICOLÓGICOS E SUAS PRÁTICAS

Por Valdeci Gonçalves da Silva

A Psicologia contemporânea parece confundir-se com a aplicação dos testes e, em alguns casos, julga-se que, sem esse tipo de instrumento, o psicólogo não seria capaz de fazer qualquer afirmação científica do comportamento humano. Talvez seja pelo fato das ciências serem conhecidas por suas técnicas que lhes permitem aplicações e resultados visíveis. Assim, como o público tende a ver os antibióticos como capazes de curar todas as infecções, por analogia, também à considerar os testes como recursos infalíveis para conhecer as pessoas e suas aptidões. No entanto, assim como o médico é obrigado a conhecer a potencialidade dos remédios e a levar em conta suas contra-indicações, da mesma forma o psicólogo deve saber, não apenas as vantagens dos testes, mas, também os limites de sua utilidade e validade. Do contrário, correrá o risco de apresentar diagnósticos falsos ou deformados, pois estariam baseados em resultados falhos e incompletos.
Os testes psicológicos não consistem numa exemplar neutralidade e eficácia em 100% nos seus resultados, mas isto não implica que os mesmos devam ser dispensados. Desde que atendidas as pré-condições de sua aplicação, e que o psicólogo examinador tenha conhecimento, domínio da aplicação e da avaliação, os testes se instalam como referencial que elimina boa parte da “contaminação” subjetiva das suas percepção e julgamento. É importante ressaltar a condição dos testes como mais um recurso que auxilia o profissional na compreensão e fechamento das considerações a respeito de um examinando, seja em processo seletivo (exame psicológico ou psicotécnico), avaliação psicológica e psicodiagnóstico.

II - CONCEITUAÇÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS

Os testes psicológicos, da forma que se conhece hoje, são relativamente recentes, datam do início do século XX. Um teste psicológico no sentido epistemológico consiste numa tarefa controvertida, porque dependerá de posições e suposições de caráter filosófico. Para Cronbach (apud PASQUALI, 2001), um teste é um procedimento sistemático para observar o comportamento e descrevê-lo com a ajuda de escalas numéricas ou categorias fixas(p.18).Em outras palavras, um teste psicológico é fundamentalmente uma mensuração objetiva e padronizada de uma amostra de comportamento. Uma verificação ou projeção futura dos potenciais do sujeito. O parâmetro fundamental da medida psicométrica são as escalas, os testes, é a demonstração da adequação da representação, isto é, do isomorfismo entre a ordenação dos procedimentos empíricos e teóricos. Enfim, explicita que a operacionalização dos comportamentos (itens), corresponda ao traço latente1.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Psicologia Escolar e Educacional


Por  Mitsuko Aparecida Makino Antunes
Abordar a história, os compromissos e as perspectivas da Psicologia Escolar e Educacional significa tratar de três dimensões fundamentais de seu estatuto como área de conhecimento articulada a um campo de prática social. A natureza dessa relação se expressa, pelo menos, em duas dimensões: a psicologia educacional como um dos fundamentos científicos da educação e da prática pedagógica e a psicologia escolar como modalidade de atuação profissional que tem no processo de escolarização seu campo de ação, com foco na escola e nas relações que aí se estabelecem. Dada a complexidade e a multiplicidade dessas questões, seu estudo comporta um amplo espectro de focos possíveis, tornando necessária uma delimitação que implica a opção por alguns caminhos em detrimento de outros, que podem ser abordados em outras oportunidades. Numa perspectiva mais ampla, poder-se-ia tratar a Psicologia Escolar e Educacional por algumas de suas articulações mais antigas. A Grécia Antiga, entre outras civilizações, constitui-se numa rica fonte de estudos, por sintetizar, em sua produção filosófica, a teoria do conhecimento, as idéias psicológicas e as propostas sistemáticas de educação da juventude e sua correspondente ação pedagógica. É possível, nessa perspectiva, estudar Protágoras e os sofistas, Pitágoras e a escola pitagórica, Sócrates e a maiêutica, Platão e a Academia, Aristóteles e o Liceu, entre muitos outros. Por esse mesmo foco é possível estudar o pensamento medieval, em que filosofia/teologia, educação/pedagogia e idéias psicológicas permaneceram intimamente articuladas.
A modernidade trará uma complexidade que amplia muito o espectro de análise dessas relações, proporcionando um campo quase  incomensurável de estudos, que estende para a contemporaneidade suas determinações e nela se faz presente. Em última análise, pode-se afirmar que a relação entre psicologia e educação, sobretudo em suas mediações com as teorias de conhecimento, é algo que acompanha a própria história do pensamento humano e constitui-se como complexo e extenso campo de estudo. Esta não é a perspectiva que será aqui tratada, mas reiterá-la é necessário para indicar a complexidade e a totalidade da qual faz parte o foco sob o qual a Psicologia Escolar e Educacional será abordada neste texto, qual seja, a Psicologia Escolar e Educacional no Brasil. O presente texto compõe-se de uma discussão inicial sobre alguns pressupostos do estatuto da Psicologia Escolar e Educacional, uma breve história das relações entre psicologia e educação no Brasil e um ensaio sobre s compromissos e as perspectivas  colocadas para a construção de uma Psicologia Escolar e Educacional comprometida socialmente com os interesses da maioria da população. Estatuto da Psicologia Escolar e Educacional: alguns pressupostos Essa discussão exige, antes de mais nada, a explicitação de alguns conceitos presentes nos termos da expressão Psicologia Escolar e Educacional. Entendemos educação como prática social humanizadora, intencional, cuja finalidade é transmitir a cultura construída historicamente pela humanidade. O homem não nasce humanizado, mas torna-se humano por seu pertencimento ao mundo histórico-social e pela incorporação desse mundo em si mesmo, processo este para o qual concorre a educação. A historicidade e a sociabilidade são constitutivas do ser humano; a educação é, nesse processo, determinada e determinante. A escola pode ser considerada como uma instituição gerada pelas necessidades produzidas por sociedades que, por sua complexidade crescente, e mandavam formação específica de seus membros. A escola adotou ao longo da história diversas formas, em função das necessidades a que teria que responder, tendo sido, em geral, destinada a uma parcela privilegiada da população, a quem caberia desempenhar funções específicas, articuladas aos interesses dominantes de uma dada sociedade. Essa realidade deve ser, no entanto, compreendida também a partir de suas contradições,  sobretudo a concepção de escola como instância que se coloca hoje como uma das condições fundamentais para a democratização e o estabelecimento da plena cidadania a todos, e que, embora não seja o único, é certamente um dos fatores necessários e contingentes para a construção de uma sociedade igualitária e justa. Sob essa perspectiva, a escola, tal como nós a concebemos, tem como finalidade promover a universalização do acesso aos bens culturais produzidos pela humanidade, criando condições para a aprendizagem e para o desenvolvimento de todos os membros da sociedade.

sábado, 20 de outubro de 2012

O que é neuropsicologia?


Por Vitor Geraldi Haase
A neuropsicologia nasceu na segunda metade do Século XIX quando neurologistas e psiquiatras europeus e norte-americanos começaram a estudar sistematicamente o comportamento de pessoas com os mais diversos tipos de lesões cerebrais e doenças neuropsiquiátricas. No Século XIX existia, e em alguns países como a Alemanha ainda existe uma especialidade denominada neuropsiquiatria (“Nervenheilkunde”). “Nervenarzt” ou “médico de nervos” é o título de um periódico tradicional na Alemanha. Em outros países a neurologia cognitiva ou comportamental é a especialidade médica contemporânea que participa da área interdisciplinar de conhecimento denominada neuropsicologia. As observações clínicas realizadas no Século XIX demonstraram que lesões em determinadas regiões do cérebro se correlacionavam com certas alterações do comportamento e da cognição. P. ex., se uma pessoa sofre isquemia numa região lateral, inferior e posterior do lobo frontal esquerdo (a área de Broca) ela poderá apresentar um quadro de afasia caracterizado por perda de fluência na fala, dificuldades articulatórias, dificuldades com a sintaxe, prejuízo ao uso de flexões verbais, preposições e conjunções com preservação do uso de substantivos e adjetivos além de preservação relativa da capacidade de compreensão oral, constituindo uma síndrome conhecida como afasia de Broca. Por outro lado, se uma pessoa sofre isquemia em uma região lateral, superior e posterior do lobo temporal esquerdo (a área de Wernicke), poderá apresentar um quadro de afasia caracterizado por fala abundante porém desprovida de significado, sintaxe quase normal, escassez de substantivos e adjetivos e melhor uso de verbos, preposições e conjunções, além de dificuldades acentuadas na compreensão oral. Esse quadro é conhecido como afasia de Wernicke. Mais adiante serão discutidas as principais síndromes neuropsicológicas que comprometem o cérebro em desenvolvimento. A neuropsicologia é, portanto, a disciplina científica e clínica que estuda as relações entre cérebro e comportamento. O método da neuropsicologia é a correlação anátomo-clínica ou correlação estrutura-função: os achados sobre o comportamento e atividade cognitiva do paciente são correlacionados com modelos de localização funcional no cérebro. Os objetivos da neuropsicologia são de dupla natureza: a) localizar a lesão em termos de um modelo de correlação estrutura-função; b) obter informações sobre o perfil de funções comprometidas e preservadas para orientar o processo de reabilitação.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

Por Ana Almada

Contribuições Teóricas: Sigmund Freud, Erik Erikson, Jean Piaget, Lev Vygotsky, Konrad Lorenz, Henri Wallon, Burrhus F. Skinner, Albert Bandura, Urie Bronfenbrenner, Arnold Gesell.

SIGMUND FREUD (1856-1939)
Propõe, à data, um novo e radical modelo da mente humana, que alterou a forma como pensamos sobre nós próprios, a nossa linguagem e a nossa cultura. A sua descrição da mente enfatiza o papel fundamental do inconsciente na psique humana e apresenta o comportamento humano como resultado de um jogo e de uma interacção de energias. Freud contribuiu para a eliminação da tradicional oposição básica entre sanidade e loucura ao colocar a normalidade num continuum e procurou compreender funcionamento do psiquismo normal através da génesis e da evolução das doenças psíquicas. Estudo do desenvolvimento psíquico da pessoa a partir do estádio indiferenciado do recém-nascido até à formação da personalidade do adulto. Muitos dos problemas psicopatológicos da idade adulta de que trata a Psicanálise têm as suas raízes, as suas causas, nas primeiras fases ou estádios do desenvolvimento. Na perspectiva freudiana, a “construção” do sujeito, da sua personalidade, não se processa em termos objectivos (de conhecimento), mas em termos objectais.  
O objecto, em Freud, é um objecto libidinal, de prazer ou desprazer, “bom ou mau”, gratificante ou não gratificante, positivo ou negativo. A formação dos diferentes estádios é determinada, precisamente, por essa relação objectal. (Estádios: Oral, Anal, Fálico, Latência, Genital). A sua teoria sobre o desenvolvimento da personalidade atribui uma nova importância às necessidades da criança em diversas fases do desenvolvimento e sobre as consequências da negligência dessas necessidades para a formação da personalidade. 

ERIK ERIKSON (1904-1994) 

 A teoria que desenvolveu nos anos 50 partiu do aprofundamento da teoria psicossexual de Freud e respectivos estádios, mas rejeita que se explique a personalidade apenas com base na sexualidade. Acredita na importância da infância para o desenvolvimento da personalidade mas, ao contrário de Freud, acredita que a personalidade se continua a desenvolver para além dos 5 anos de idade. No seu trabalho mais conhecido, Erikson propõe 8 estádios do desenvolvimento psicossocial através dos quais um ser humano em desenvolvimento saudável deveria passar da infância para a idade adulta. Em cada estádio cada sujeito confronta-se, e de preferência supera, novos desafios ou conflitos. Cada estádio/ fase do desenvolvimento da criança é importante e deve ser bem resolvida para que a próxima fase possa ser superada sem problemas. Tal como Piaget, concluiu que não se deve apressar o desenvolvimento das crianças, que se deve dar o tempo necessário a cada fase de desenvolvimento, pois cada uma delas é muito importante. Sublinhou que apressar o desenvolvimento pode ter consequências emocionais e minar as competências das crianças para a sua vida futura."Human personality in principle develops according to steps predetermined in the growing person's readiness to be driven toward, to be aware of and to interact with a widening social radius".