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domingo, 3 de abril de 2016


QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE MENTAL

Por: Eraldo Carlos Batista


Nos dias atuais o tema qualidade de vida está sempre presente nos meios de comunicação, seja nas revistas, nos jornais e telejornais e nos programas de TV. Sempre encontramos debates sobre: alimentação saudável, exercícios físicos, sono, etc. Entretanto, pouco se refere a saúde mental como componente da qualidade de vida. Com isso, o que vemos é o aumento dos casos de ansiedade, depressão, estresse entre tantos outros problemas ligados a questões psicológicas e emocionais. Mas será que as pessoas sabem realmente o que é saúde mental? A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que não existe definição "oficial" de saúde mental. De forma simplificada pode se dizer que a saúde mental é um termo usado para descrever o nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional, ou seja, o pleno bem-estar físico, mental, social e espiritual do ser humano. Sendo assim, a saúde mental contribui para a qualidade de vida quando o indivíduo encontra-se em pleno estado de equilíbrio psicoemocional e torna-se protagonista de suas próprias ações, sem perder a noção de tempo e espaço. Quando vive a vida em sua plenitude máxima, de bem consigo mesmo e com os outros. Aceita as exigências da vida e sabe lidar com as boas emoções e também com as desagradáveis: alegria/tristeza; coragem/medo; amor/ódio; serenidade/raiva; ciúmes; culpa; frustrações. Reconhece seus limites e busca ajuda quando necessário. Dessa forma, podemos observar que a saúde mental e qualidade de vida são indissociáveis, uma está intrinsicamente relacionada a outra, ou seja, a qualidade de vida dependerá da boa saúde psíquica do indivíduo, por outro lado, a saúde mental requer mudanças nas atitudes e no comportamento que levam a estilos de vida saudáveis no sujeito. Nesse caso podemos citar algumas atitudes que contribuirão para a saúde psicoemocional da pessoa e consequentemente para sua qualidade de vida, como: Atitudes positivas em relação a si próprio: nossas respostas aos acontecimentos do dia a dia são determinadas pela maneira como nos vemos. Ou seja, a nossa autoestima é a resposta para os nossos sucessos e fracassos; crescimento, desenvolvimento e auto realização: devemos sempre estar envolvidos em novos projetos de vida, seja social, profissional ou religiosos. Isso nos ajuda a ser reconhecidos enquanto sujeitos individual e social e promove nosso crescimento enquanto cidadão; Integração e resposta emocional: o pensamento atua como um ponto de partida. Pensamos, sentimos e depois exteriorizamos. Nossas emoções vêm do pensamento; Autonomia e autodeterminação: precisamos sempre exercer nossa autonomia, viver constantemente sobre pressão, em especial no trabalho, tem sido uns dos fatores que tem levado muitas pessoas ao adoecimento mental. Percepção apurada da realidade: é preciso reconhecer que saúde mental é o equilíbrio emocional entre o patrimônio interno e as exigências ou vivências externas. É a capacidade de administrar a própria vida e as suas emoções dentro de um amplo espectro de variações sem contudo perder o valor do real e do precioso. Lembre-se manter a saúde mental é um processo diário e que pode ser alcançado através de atitudes simples e que estão ao alcance de todos.


Eraldo Carlos Batista é Bacharel em Psicologia, Especialista em Saúde Mental pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) de Campo Grande – MS, Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Doutorando em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)/Faculdade Católica de Rondônia (FCR), Professor da Faculdade São Paulo (FSP) de Rolim de Moura e atua como Psicólogo na Secretaria Municipal de Saúde (SEMUSA) do mesmo município.