QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE MENTAL
Por: Eraldo Carlos Batista
Nos dias atuais o tema
qualidade de vida está sempre presente nos meios de comunicação, seja nas
revistas, nos jornais e telejornais e nos programas de TV. Sempre encontramos debates
sobre: alimentação saudável, exercícios físicos, sono, etc. Entretanto,
pouco se refere a saúde mental como componente da qualidade de vida. Com isso,
o que vemos é o aumento dos casos de ansiedade, depressão, estresse entre
tantos outros problemas ligados a questões psicológicas e emocionais. Mas será
que as pessoas sabem realmente o que é saúde mental? A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que não existe definição
"oficial" de saúde mental. De forma simplificada pode se dizer que a
saúde mental é um termo usado para descrever o nível de qualidade de vida
cognitiva ou emocional, ou seja, o pleno bem-estar físico, mental, social e
espiritual do ser humano. Sendo assim, a saúde mental contribui para a
qualidade de vida quando o indivíduo encontra-se em pleno estado de equilíbrio
psicoemocional e torna-se protagonista de suas próprias ações, sem perder a
noção de tempo e espaço. Quando vive a vida em sua plenitude máxima, de bem
consigo mesmo e com os outros. Aceita as exigências da vida e sabe lidar com as
boas emoções e também com as desagradáveis: alegria/tristeza; coragem/medo;
amor/ódio; serenidade/raiva; ciúmes; culpa; frustrações. Reconhece seus limites
e busca ajuda quando necessário. Dessa forma, podemos observar que a saúde
mental e qualidade de vida são indissociáveis, uma está intrinsicamente
relacionada a outra, ou seja, a qualidade de vida dependerá da boa saúde
psíquica do indivíduo, por outro lado, a saúde mental requer mudanças nas
atitudes e no comportamento que levam a estilos de vida saudáveis no sujeito.
Nesse caso podemos citar algumas atitudes que contribuirão para a saúde
psicoemocional da pessoa e consequentemente para sua qualidade de vida, como: Atitudes
positivas em relação a si próprio: nossas respostas aos acontecimentos do dia a
dia são determinadas pela maneira como nos vemos. Ou seja, a nossa autoestima é
a resposta para os nossos sucessos e fracassos; crescimento, desenvolvimento e
auto realização: devemos sempre estar envolvidos em novos projetos de vida,
seja social, profissional ou religiosos. Isso nos ajuda a ser reconhecidos
enquanto sujeitos individual e social e promove nosso crescimento enquanto
cidadão; Integração e resposta emocional: o pensamento atua como um ponto de
partida. Pensamos, sentimos e depois exteriorizamos. Nossas emoções vêm do
pensamento; Autonomia e autodeterminação: precisamos sempre exercer nossa
autonomia, viver constantemente sobre pressão, em especial no trabalho, tem
sido uns dos fatores que tem levado muitas pessoas ao adoecimento mental. Percepção
apurada da realidade: é preciso reconhecer que saúde mental é o equilíbrio
emocional entre o patrimônio interno e as exigências ou vivências externas. É a
capacidade de administrar a própria vida e as suas emoções dentro de um amplo
espectro de variações sem contudo perder o valor do real e do precioso. Lembre-se
manter a saúde mental é um processo diário e que pode ser alcançado através de
atitudes simples e que estão ao alcance de todos.
Eraldo Carlos Batista é Bacharel em Psicologia, Especialista
em Saúde Mental pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) de Campo Grande –
MS, Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR),
Doutorando em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
Sul (PUCRS)/Faculdade Católica de Rondônia (FCR), Professor da Faculdade São Paulo (FSP) de Rolim de Moura e atua
como Psicólogo na Secretaria Municipal de Saúde (SEMUSA) do mesmo município.